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Dina Ruivaco sai do SNS após 26 anos como médica na USF de Pataias
18 fevereiro 2020

A médica Dina Ruivaco, que se estabeleceu em Pataias há 37 anos, cumpriu, a 31 de janeiro, o último dia de trabalho como clínica do Serviço Nacional de Saúde, tendo estado nos últimos quase 26 anos ligada à unidade de saúde de Pataias.
Dina Ruivaco, natural da Marinha Grande, chegou ao antigo centro de saúde de Pataias depois de ter trabalhado na Batalha e em Vila Real de Trás-os-Montes, para onde foi destacada após ter cumprido o internato em Leiria. Pelo meio, entre 2005 e 2009, esteve como directora no Centro de Saúde de Alcobaça, até serem criados os agrupamentos de centros de saúde. Foi por essa ocasião que ajudou a criar a unidade de saúde do norte do concelho de Alcobaça, que inicialmente previa a inclusão das freguesias de Cós e Maiorga, o que não se chegou a proporcionar, como explicou a médica ao Pataias à Letra.
A Unidade de Saúde Familiar (USF) de Pinhal do Rei, como hoje a conhecemos, iniciou actividade oficialmente a 18 de janeiro de 2010 e acabaria por integrar utentes de quatro freguesias: Pataias, Martingança, Alpedriz e Montes. Até 2014, Dina Ruivaco foi coordenadora daquela USF, até ser substituída pelo médico Carlos Mendonça. A clínica teve, até se aposentar, cerca de 1900 utentes a seu cargo.
Formada em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1982, quando chegou a Pataias, Dina Ruivaco sempre quis ter uma voz activa na comunidade, tendo pertencido à creche do Centro de Assistência Paroquial de Pataias e dado apoio médico também no centro de dia da Associação de Bem Estar e Ocupação dos Tempos Livres de Pataias.
Hoje fecha-se um ciclo na minha vida, escreveu a médica numa nota na sua página de Facebook e ao Pataias à Letra confessa sair com a certeza do dever cumprido.
Quanto a planos futuros, é certo que não abandonará a medicina e que exercerá a sua profissão no sector privado, mas prefere não avançar ainda onde e quando isso acontecerá. Confessa que manterá a postura que sempre a definiu junto dos seus utentes: Prefiro uma boa conversa a um comprimido, lembrando que uma boa parte de ser médico é ouvir e entender o doente.
In: Pataias à Letra