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18 outubro 2023

1 – INFORMAÇÃO DE SUPORTE
De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), junto do Comando Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para as próximas 48 horas, salienta-se:
Precipitação forte e persistente a partir da tarde de amanhã que continuará na quinta-feira, dia com possibilidade de exceder 40 mm numa hora e 60 mm em 6 horas, podendo acumular 60 a 90 mm em 24 horas no Minho e Douro-Litoral e na região Centro e 40 a 60 mm em 24 horas em grande parte do restante território
Na quinta-feira, vento de sudoeste muito forte com rajadas até 120 km/h nas regiões Centro e Sul
Agitação marítima forte com episódio a partir da tarde de quinta-feira, com ondas de sudoeste aumentando para 5 a 7 metros de altura significativa na costa ocidental e com 4 a 5 metros na costa sul do Algarve
2 - EFEITOS EXPECTÁVEIS
Os episódios típicos das estações de transição, com a ocorrência das primeiras chuvas acompanhadas de vento forte, são propícios:
À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento
A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras
A originar instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo
À contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais/florestais
Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública
3 – MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO
O Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Alcobaça, recomenda aos Agentes de Proteção Civil (APC), Entidades Cooperantes e à população em geral a tomada das necessárias medidas preventivas, que mitigam a ocorrência de:
- Inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais:
Com as primeiras chuvas, as quantidades de lixo depositado nas embocaduras dos sistemas de águas pluviais, a obstrução originada pela queda de folhas de árvores e os detritos vegetais juntamente com outros materiais inertes que durante a estação seca se depositaram ao longo das valetas das vias de comunicação, contribuem para situações de obstrução dos canais de escoamento
Estas são geralmente responsáveis pelo arrastamento e concentrações destes resíduos sólidos em locais inadequados (sarjetas, sumidouros, valetas) originando acumulações de águas pluviais que poderão provocar cortes de vias de comunicação ou mesmo inundações nos pisos mais baixos de edifícios
Desta forma, recomenda-se a limpeza e desobstrução de sumidouros, valetas e outros canais de drenagem, removendo folhas caídas das árvores, areias e pedras que ali se depositaram previamente à época das chuvas
A verificação da funcionalidade dos sistemas de drenagem urbana é essencial
Paralelamente, cada cidadão deve também tomar uma atitude pró-ativa, nomeadamente assegurando a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações
- Cheias motivadas pelo transbordo do leito de cursos de água:
O arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir, significativamente para o acréscimo dos efeitos das cheias. Outros condicionantes, como a falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal assim como a diminuição da capacidade de vazão das linhas de água e da capacidade de armazenamento nas albufeiras devido ao arrastamento de sólidos (por erosão) desde as bacias drenantes até à linha de água, são fatores associados às inundações por cheias
- Neste contexto, recomenda-se a adoção, entre outras, das seguintes medidas de precaução:
Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento
Limpeza de linhas de água assoreadas
Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos troços marginais dos cursos de água
Evitar cortes rasos de material lenhoso ardido em situações de declive intenso, localizados nas proximidades das linhas de água
Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas localizadas nas margens das linhas de água
Recolha ou trituração dos resíduos de atividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água
Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos
Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais
Verificação da instabilidade de taludes ou movimentos de massa motivados pela infiltração de água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais
- No arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte:
Efetuar a verificação de todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes
Remover ou desmontar preventivamente as estruturas instáveis ou com potencial de risco, guardando-as em locais seguros sempre que ocorram ventos fortes previsíveis
Recomenda-se ainda:
A Adotação de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias rodoviárias
Que não atravessem zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas
Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais
vulneráveis a inundações rápidas
Que se tenha especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atenta para a possibilidade da queda de árvores, principalmente nas zonas afetadas por incêndios
Que se verifiquem todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes. Nos casos em que tal seja impossível, deve garantir-se a remoção ou desmontagem dessas estruturas, guardando-as em locais seguros
Que se esteja atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil, Forças de Socorro e Forças de Segurança
4 – DETERMINAÇÕES OPERACIONAIS
As determinações operacionais aplicam-se a todos os Agentes de Proteção Civil (APC) e Entidades Cooperantes, exceto indicação em contrário:
O permanente acompanhamento e controlo de todas as eventuais ocorrências, através de um aumento das ações de monitorização, com especial enfoque nas áreas historicamente identificadas como mais sensíveis
A imediata informação ao Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Alcobaça sobre todas as situações operacionais relevantes
A antecipação de medidas mitigadoras e planeamento da resposta operacional, através dos Agentes de Proteção Civil (APC), Entidades Cooperantes, tendo em vista a redução das consequências e a resposta imediata a possíveis emergências
5 – NIVEL DE ALERTA
AMARELO – 180000OUT23 a 182359OUT23 (quarta-feira)
LARANJA – 190000OUT23 a 192359AGO23 (quinta-feira)