A localidade de Paredes foi fundada em dezembro de 1282 por D. Dinis. O seu foral era uma carta de povoação para 30 moradores com o objetivo de defender este sítio costeiro dos piratas. D. Dinis concede um novo e segundo foral em setembro de 1286. Um terceiro e último foral foi concedido por D. Manuel I em outubro de 1514 - sendo este uma tradução do segundo foral Galaico-Português D. Dinis para o Português vigente no reinado de D. Manuel. A 17 de Maio de 1368, D. Fernando doou Paredes da Vitória ao Mosteiro de Alcobaça, com o propósito de as suas rendas recaírem para a salvação da alma de seu pai D. Pedro I, que jaz naquele Mosteiro. A vila de Paredes progrediu até ao final do séc. XV, chegando a atingir perto de 600 fogos. No entanto, devido ao assoreamento, a vila começou a despovoar-se. Nas primeiras contagens da população, em 1527, atribuem apenas 27 vizinhos a Paredes.
Azenhas
Desde há largas centenas de anos que se aproveitam os recursos hídricos para a moagem de cereais. Encontram-se várias referências a moinhos no Vale das Paredes em escrituras do século XVIII. No século XIX, Raimundo da Costa era proprietário de mais de uma dezena de moinhos no vale das Paredes. Atualmente encontramos mais de uma dezena de moinhos ao longo de todo o vale, alguns em ruínas, outros recuperados, mas sem atividade. O maior núcleo encontra-se no vale a 600 metros da foz.
PONTOS DE INTERESSE
Localidade de Paredes da Vitória, Núcleo de Azenhas, Praia fluvial professora Alia "Botas", Fonte e Estação de Captação de água
DESCRIÇÃO DO PERCURSO
O percurso tem início no Vale de Paredes, no jardim próximo do edifício da Etar. Segue pelo vale e, a cerca de 330 metros, prossegue pela rua dos moinhos, à esquerda, que conduz a um núcleo considerável de moinhos. No largo dos moinhos, segue-se à direita por um trilho que conduz de novo à estrada de asfalto. O percurso continua pela estrada ao longo do vale e termina próximo da segunda estação de captação de água. No final, retorna até à praia de Paredes da Vitória no sentido inverso.
PATRIMÓNIO NATURAL
Uma das maiores manchas florestais do concelho de Alcobaça são as Alvas de Pataias, Paredes da Vitória, Mina do Azeiche e Água de Madeiros, nesta freguesia. É formado maioritariamente por espécies Mediterrânicas. No entanto, devido à inexistência de barreiras geográficas entre a influência Atlântica e Mediterrânica, ocorrem também neste território diversos táxones com características tipicamente atlânticas.
Em solos de areia praticamente estéreis, o pinheiro-bravo ou marítimo (Pinus pinaster) é a espécie dominante num regime florestal de monocultura.
Relativamente à fauna, o esquilo-vermelho destaca-se pela abundância e comportamento destemido, sendo que, ocorre atualmente em toda a área das Alvas.
FICHA TÉCNICA DO PERCURSO
- Nome do Percurso: Azenhas do Vale de Paredes
- Tipo de circuito: Pequena Rota linear
- Sentido aconselhado: ida e volta
- Ponto de Partida e Chegada: Paredes da Vitória, Jardim da Avenida Nossa Senhora da Vitória
- Coordenadas GPS: Latitude / Longitude: 39.70092563, -9.04832232
- Extensão total aproximada: 3.5 km
- Duração aproximada: 1h
- Altitude:
Máxima: 66 m
Mínima: 14 m
- Grau de dificuldade: Fácil
- Época Aconselhada: Todo o ano. Em dias chuvosos não é aconselhável a realização do percurso.
- Material aconselhado: Mapa, bússola, binóculos, máquina fotográfica, boné, água, óculos de sol, caderno de notas, agasalho para vento, roupa e calçado confortáveis.
- Promotores do Percurso e Contactos: União de Freguesias de Pataias e Martingança e Câmara Municipal de Alcobaça